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terça-feira, 28 de março de 2006

Justiça com as próprias mãos

por Marcelo Pizani Podem me acusar de generalizar as coisas, sei que não o devo. Mas peço aqui uma licença poética para usar termos de generalização, e também minhas desculpas antecipadas aos que não se enquadram no texto que lerão agora. A democracia brasileira é algo tão complexo que até a conjugação dos verbos se aplica de forma diferente em nossas "casas de leis". Denunciar: Eu denuncio. Tu denuncias. Eles ignoram. Pedir: Eu peço. Tu pedes. Eles ignoram. (mas são uns ignorantes mesmo hein) Pagar: Eu pago. Tu pagas. Eles nos passam a perna! Confiar: Eu confio. Tu confias. Eles nos passam a perna! (e nem podemos chamá-los de cobras, pois se fosse o caso não teriam como nos passar a perna) Votar: Eu voto. Tu votas. Ele vota. Nós votamos. Vós votais. Eles... ...bom, eles continuam lá. Sambando no nosso orgulho, abusando da nossa paciência em esperar por dias melhores, menosprezando nossa inteligência. Poder: Eu posso. Tu podes. Ele pode. Nós podemos mudar tudo isso! Esse ano tem eleição. Informe-se a respeito dos candidatos, não vote em alguém por ele estar bem nas pesquisas. Procure o candidato mais justo, mais digno de ser votado, e mesmo que ele aparentemente não tenha chances de ganhar, vote nele. O voto é a melhor maneira de fazer justiça com as próprias mãos.

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